Como exemplo, o jornal britânico cita o robô Hiro, da empresa Kawada, que consegue identificar cores, formas e faces, e possui uma das melhores mãos mecânicas já criadas. Um dos responsáveis pelo robô Hiro explicou ao jornal que "a linha de produção da fábrica da Nissan, por exemplo, já funciona basicamente com robôs". "No entanto, para algumas funções, eles ainda precisam de pessoas", disse o engenheiro da Kawada.
O fato de fazer o robô humanóide da Honda Asimo passar a correr, ao invés de caminhar, representou um trabalho de décadas, mas muito mais importante foi tornar a máquina um cozinheiro cada vez melhor, afirmou ao Times um engenheiro da Universidade de Tóquio. Os robôs japoneses estão também sendo construídos com softwares de código aberto para encorajar programadores externos a tornarem as máquinas ainda mais úteis.
A nova série de robôs Motoman da Yaskawa foi apresentada durante a feira pela empresa como uma máquina "que em breve vai estar substituindo pessoas sem necessitar de muito espaço ou mudanças nas linhas de produção".
As fabricantes Kawada e Yaskawa, focadas até agora em produzir robôs para a indústria automotiva, segundo a reportagem mudaram seus objetivos e querem ampliar as áreas de atuações das suas máquinas para outros setores, principalmente de serviços e enfermagem.
Por exemplo, o Motoman já pode ser programado, segundo a fabricante, para realizar exames de sangue rotineiros de forma muito mais rápida do que uma equipe inteira de enfermagem. Com o envelhecimento da população japonesa, as empresas de robótica enxergam os idosos e doentes do seu país como um mercado em potencial, desenvolvendo máquinas que poderão atuar como cachorros-guias, enfermeiros, faxineiros e até bombeiros.
A Feira Internacional de Robôs de Tóquio segue até o próximo sábado e reúne mais de 200 empresas e instituições exibindo máquinas e projetos de desenvolvimento robótico.