Pesquisadores analisaram 1.618 adolescentes de 13 a 18 anos em busca de comportamentos como bater em si mesmo, puxar o próprio cabelo ou se queimar ou cortar e lhes entregaram um teste de vício em internet.
O teste mostrou que cerca de 19% dos jovens analisados eram moderadamente viciados em internet, enquanto menos de 1% gravemente viciado.
Os adolescentes classificados como viciados moderados estavam 2,4 vezes mais propensos a apresentar comportamentos auto-destrutivos de uma a cinco vezes durante um período de seis meses do que aqueles que não sentiam tanta necessidade de estarem conectados, segundo Lawrance Lam, da Universidade de Notre Dame, na Austrália.
Os jovens com vício entre moderado e severo estavam quase cinco vezes mais propensos do que os adolescentes não viciados a machucarem a si próprios.
"Nos últimos anos, o fácil acesso à internet em praticamente todos os países asiáticos, o vício em internet se tornou um problema de saúde mental cada vez mais popular", afirmaram os pesquisadores no estudo publicado no jornal Injury Prevention.
"Muitos estudos mostram uma relação entre o vício à internet, síntomas psiquiátricos e depressão em jovens", acrescentaram.
Segundo o estudo, os resultados sugerem que há uma "forte e sognificativa" relação entre o vício em web e o comportamento auto-destrutivo de adolescentes.
Especialistas interpretam o vício em internet como um sintoma de depressão, de nervosismo, de melancolia.