Os adeptos da tecnologia e os programadores que estão em busca do próximo grande avanço tecnológico se reuniram nesta sexta-feira em Roterdã, Holanda, para serem informados sobre a "realidade aumentada", a qual foi divulgada como algo que mudaria sua visão de mundo.
Ao contrário da realidade virtual, a realidade aumentada combina em uma tela imagens do mundo real e imagens geradas em computador, geralmente em tempo real. Por exemplo, uma pessoa que tivesse nas mãos um celular equipado com câmera, sensor de posicionamento global (GPS), bússola e o software apropriado poderia apontar o aparelho para uma rua da cidade e sobrepor à imagem registrada fotos antigas de ruas ou edifícios históricos.
A companhia holandesa Layar é um dos principais fornecedores mundiais do software que torna possível a realidade aumentada. "Não seria ótimo estar em algum lugar e poder ver que aparência ele tinha em dado momento do passado?", disse Claire Boonstra, uma das fundadoras da Layar. "A pessoa poderia se transportar a locais completamente novos." O Layar está disponível no iPhone 3Gs, da Apple, e nos celulares equipados com o sistema operacional Google Android.
Claire Boonstra demonstrou diferentes formas de uso para a realidade aumentada, como uma visita turística guiada à Londres dos Beatles, a exibição de obras digitais de arte nas ruas da cidade ou para um jogo de Pac-man na calçada.
A expectativa é de que a receita associada à realidade aumentada cresça dos US$ 6 milhões estimados em 2008 para mais de US$ 350 milhões em 2014, de acordo com relatório divulgado no mês passado pela ABI Research.
A realidade aumentada não é exatamente novidade. Na verdade, ela existe há cerca de 15 anos. As redes de TV estiveram entre os primeiros usuários, usando imagens digitalizadas para melhorar suas transmissões -por exemplo em provas de natação. Produtores de videogames como a Sony e a Microsoft adotaram a tecnologia de realidade aumentada para criar jogos mais interativos.