De acordo com o Daily Mail, um estudo comandado pelo professor Rox Maxion, realizado nos Estados Unidos, dotou teclados de computadores de sensores eletrônicos, que registraram a maneira como adultos - homens e mulheres - digitam as palavras. O registro poderá levar ao desenvolvimento de um sistema de alerta a crianças e adolescentes que usam a internet para que sejam avisados de que podem estar conversando com um adulto.
Desde o ano passado, após a morte da adolescente Ashleigh Hall, assassinada por Peter Chapman, a Inglaterra discute maneiras de combater a pedofilia na internet. Os dois se conheceram no Facebook, que depois do caso anunciou novos mecanismos para proteger jovens e crianças de adultos que buscam atrair novas vítimas na internet.
Phil Butler, ex-policial que comanda o Departamento de Cibercrime e Segurança em Computadores da Universidade de Newcastle, disse que o estudo detectou os padrões de digitação - velocidade e ritmo - de 50 voluntários. Segundo ele, apenas com a digitação de dez números ou letras é possível apontar com 95% de eficiência o sexo, a cultura, a idade e se a pessoa que digita tem algum ferimento nas mãos.
Em geral - conclui o estudo - mulheres têm uma digitação mais fluida e um pouco mais rápida. Já homens têm a digitação mais pesada. Com estes dados, em tese é possível identificar, através do uso do teclado, quem está digitando do outro lado.
"Se uma criança está falando com outra no Windows Live ou MSN, a Microsoft pode ser capaz de ver se há um adulto ali", disse Butler ao Daily Mail.
O departamento, formado em 2009, também acredita que a nova tecnologia pode ser usada para prevenir fraudes em caixas eletrônicos. Butler disse que a Universidade pretende pedir um financiamento ao Conselho de Pesquisa em Ciências Físicas e Engenharia de 1 milhão de libras para seguir com a pesquisa.