Paula Rothman, de INFO Online
O Estudo foi liderado por Evgeny Panov, do Instituto de Pesquisas Espaciais da Áustria e publicado na Geophysical Research Letters (GRL).
Segundo os cálculos, a energia total de um evento como esse é equivalente a um terremoto de magnitude 5 ou 6.
Em 2007, o THEMIS havia descoberto como estes eventos têm início. A ação começa na cauda magnética da Terra, que se alonga devido aos fortes ventos solares. Às vezes, essa cauda pode se alongar tanto e ficar tão tensa que se rompe, ricocheteando como um elástico e gerando jatos de plasma.
São esses jatos de plasma que disparam os terremotos no espaço. Ao se chocarem com o campo geomagnético da Terra, localizado 30 mil km acima da superfície do equador, os jatos geram um efeito em cadeia no qual o plasma que chega quica para cima e para baixo no campo magnético. O efeito é similar ao de uma bolinha de tênis em um carpete: os primeiros quiques são grandes, mas logo a amplitude diminui e a energia se dissipa no tapete.
Mas uma das surpresas na descoberta foram os vórtices de plasma, grandes caracóis de gás magnético que chegam a ser do tamanho da Terra. Quando os jatos de plasma atingem a parte de dentro dessa atmosfera magnética, vórtices com rotações contrárias surgem dos dois lados do jato, gerando muita corrente elétrica.
Juntos, os vórtices e terremotos têm um grande impacto. A cauda desses fenêmenos pode afunilar a entrada de partículas na atmosfera, causando auroras e ondas de ionização que causam problemas em rádios e GPSs. Segundo os pesquisadores, elas podem até mesmo derrubar a energia de uma grande área.