SÃO PAULO - A Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância – ligada à Polícia Civil de São Paulo - instaurou ontem um inquérito para investigar o suposto crime de racismo cometido pela estudante de direito Mayara Petruso.
A polícia investiga também a circulação na rede de um manifesto intitulado “São Paulo para os Paulistas”, que defenderia a livre expressão da xenofobia no Estado.
O documento já teria o apoio de 1 500 usuários, que também podem responder pelo crime de incitação ao racismo.
Na quinta-feira, a ONG Safernet encaminhou ao Ministério Público do Estado uma notícia-crime. O relatório aponte 1 037 perfis acusados de cometerem racismo por meio das redes sociais como Twitter e Facebook.
As manifestações ocorreram após o fim das apurações das eleições para presidente no último domingo (31). Usuários chamaram nordestinos de ignorantes por votarem na candiadata Dilma Rousseff – o Nordeste foi a região onde Dilma venceu com maior vantagem.
Essa é a primeira vez que a delegacia de crimes raciais de São Paulo vai investigar um caso de preconceito no Twitter.
Caso condenados, os usuários podem pegar de dois a cinco anos por racismo, e de três a seis meses ou multa por incitação ao crime.