Na avaliação de Coelho, estas pessoas tinham como
preocupação não ganhar dinheiro, mas sim fazer suas ideias
circularem. Ao espalhar seus textos livremente, ajudaram a
mudar o mundo com suas ideias, o que talvez não fosse
possível se cobrassem direitos autorais de quem os quisesse
ler.
O escritor diz ainda que artistas precisam de
dinheiro para sobreviver, mas defendeu que a não restrição
de suas obras é a melhor forma de divulgarem suas ideias e,
consequentente, atraírem receita. "Quando você come uma
laranja, precisa voltar para comprar outra", anotou.
Paulo Coelho mantém na internet um site que incentiva o
pirateamento de seus livros, o
"Pirate Coelho" com links para serviços
de torrent e trocas de arquivos peer to peee de PDFs. Coelho
definiu os críticos da livre circulação de ideias com as
palavras "ignorância" e "ganância".
Nesta semana, um encontro com líderes do G8, o grupo das
maiores economias do mundo, defendeu que a internet seja
livre de censura, mas possua vigilância contra abusos, como
disseminação de racismo e pedofilia.
No encontro, o presidente francês, Nicolas Sarkozy,
defendeu regras rígidas para a proteção do copyright de
obras intelectuais.