Os comentários do secretário
da Justiça australiano,
Robert McClelland, surgiram
depois que o presidente da
Woodside Petroleum, maior
empresa australiana de
recursos naturais, declarou,
em seus últimos dias no
comando da empresa, que os
ataques de crackers agora
vêm "de toda parte".
"Não
existe dúvida de que as
ameaças à computação estão
se agravando," disse
McClelland à Reuters durante
uma conferência de segurança
na computação em Canberra.
"Sem mencionar incidentes
específicos, houve diversas
informações de ataque a
nossas empresas de recursos
naturais", disse.
Don Voelte, que está
deixando a presidência da
Woodside, declarou durante
uma conferência de negócios
em Perth, na sexta-feira,
que os ataques de hackers
são preocupação séria para a
Austrália, uma potência no
setor de recursos naturais,
e que não vinham apenas da
China, um país faminto por
energia.
"Os ataques vêm de toda
parte. Vêm da Europa
Oriental; vêm da Rússia. Não
adianta criticar os
chineses; os ataques vêm de
toda parte", teria dito
Voelte, de acordo com uma
reportagem publicada pelo
jornal "Australian" na
segunda-feira.
O conglomerado japonês de
eletrônica Sony também foi
afetado por uma violação da
PlayStation Network, que
comprometeu dados pessoais
de mais de 100 milhões de
usuários registrados.
O Parlamento australiano
sofreu ataque de crackers em
fevereiro, quando os
computadores de pelo menos
10 ministros federais, entre
os quais a
primeira-ministra, Julia
Gillard, e o ministro da
Defesa, Stephen Smith, se
tornaram alvos e existe a
possibilidade que emails
confidenciais tenham sido
lidos.