Os pesquisadores do Califórnia Institute of Technology (Caltech)
queriam testar se, ao invés de uma rede de neurônios
fisicamente conectados, como no nosso cérebro, uma “sopa” de
moléculas interagindo poderia apresentar esse mesmo
comportamento.
A resposta, afirmativa, foi publicada na
Nature em um trabalho com principal autoria do dr. Lulu
Qian. Basicamente, ele e sua equipe criaram quatro neurônios
artificias, compostos de 112 filamentos sintetizados com uma
sequência de bases específica. Isso permitiu que cada um
deles fosse programado para se comportar como uma rede de
neurônios ligados. Em uma espécie de “sopa”, esses
“neurônios” flutuam em contato com outros filamentos de DNA,
que podem ser acrescentados aos poucos pelos cientistas. A
estrutura de bases desses filamentos determina se eles se
juntam ou não - e quando a união acontece, um outro pedaço é
solto no meio.
Essa rede foi treinada para conhecer quatro cientistas,
cujas identidades estavam representadas por uma combinação
de respostas “sim” e “não”. O jogador humano, depois de
pensar em um dos quatro cientistas, começa a dar as
respostas “sim” ou “não” que parcialmente o identificam –
mas o detalhe é que essas pistas são dadas em forma de
filamentos de DNA. A resposta vem com uma luz fluorescente,
que brilha dependendo das junções de filamentos feitas.
Em 27 tentativas, a rede respondeu corretamente em todas
as ocasiões qual era o cientistas em que o jogador estava
pensando. Ela também pode dizer se não possui pistas o
bastante para dar a resposta correta ou se, em caso de erro,
alguma informação é contraditória.