Indicações
de que a
Research in
Motion,
fabricante
do
BlackBerry,
poderia
fornecer à
polícia
britânica
dados sobre
os usuários
de seu
serviço de
mensagens
instantâneas,
depois que
este foi
usado para
coordenar
manifestações
em Londres
no mês
passado,
causaram
indignação
--da mesma
forma que a
espionagem
de governos
mais
opressivos
contra os
usuários de
mídias
sociais.
Mas o vasto
volume de
dados
pessoais que
empresas
como o
Google
recolhem
para
executar
suas
operações se
tornou
precioso
demais para
que governos
e a polícia
possam
ignorá-los,
disseram
representantes
do setor
durante o
Internet
Governance
Forum, em
Nairóbi.
"Quando
existe a
possibilidade
de que a
informação
seja obtida,
algo que no
passado
seria
impossível,
é
perfeitamente
compreensível
que as
agências
policiais se
interessem,"
disse o
vice-presidente
de
divulgação
de Internet
no Google,
Vint Cerf,
em
entrevista à
Reuters.
"A
questão
passaria a
ser
determinar
quais são as
normas
corretas, e
isso
evidentemente
gera muito
debate,"
afirmou Cerf,
visto como
um dos "pais
da Internet"
por seu
trabalho
inicial em
áreas que
incluem
protocolos
de
comunicação
e e-mail.
Demandas
governamentais
para que
empresas de
Internet
forneçam
informações
sobre
usuários se
tornaram
rotina, de
acordo com
Christopher
Soghoian,
pesquisador
e ativista
da
privacidade
online que
baseia seu
trabalho nas
leis
nacionais de
acesso à
informação.
"Toda
empresa de
telecomunicações
e Internet
dos Estados
Unidos conta
com uma
equipe
considerável
de
funcionários
cujo único
trabalho é
responder a
pedidos de
informação,"
disse
Soghoian em
entrevista à
Reuters.