Folhas
artificiais
Ela não é verde,
não cresce e seu
comportamento se
parece mais com
o de uma alga
fotossintética.
Mas Daniel
Nocera e seus
colegas do MIT
preferem chamar
sua invenção de
"folha
artificial".
E não apenas
eles: a ideia de
usar a luz solar
para a produção
de
hidrogênio
e outros
combustíveis já
se estabeleceu
na academia como
o campo da
fotossíntese
artificial.
E, como as
folhas fazem
fotossíntese,
qualquer aparato
criado nessa
área passou a
ser conhecido
como folha
artificial.
Eletrólise com
luz solar
A nova folha
artificial
representa um
grande salto em
relação aos
dispositivos
anteriores.
Sem qualquer
fio externo e
sem necessidade
de um circuito
de controle, a
folha artificial
só precisa ser
colocada dentro
de um recipiente
com água e posta
à luz do Sol
para começar a
dividir as
moléculas da
água e produzir
oxigênio e
hidrogênio.
A folha
artificial é
basicamente uma
célula solar
ligada a
materiais
catalisadores
diferentes
colocados nos
dois lados de
uma fina folha
de silício.
A célula
solar gera um
fluxo de
elétrons que é
dirigido para
uma camada de um
catalisador à
base de cobalto,
que quebra a
molécula de
oxigênio e
libera oxigênio.
A
descoberta desse
catalisador
é um dos grandes
feitos da equipe
do professor
Nocera,
anunciado em
2008.
O outro lado
da folha de
silício é
coberto com
outro
catalisador, uma
liga de níquel,
molibdênio e
zinco, que
libera o
hidrogênio.
Os prótons
liberados quando
a molécula de
água é quebrada
são dirigidos
para essa face,
onde o níquel os
ajuda a
reunir-se com
elétrons para
formar o
hidrogênio.
Este é um dos
grandes
diferenciais da
nova folha
artificial: ela
é inteiramente
baseada em
materiais
baratos e
abundantes.
Outros
experimentos do
mesmo tipo
geralmente
utilizam
catalisadores
extremamente
caros,
pertencentes ao
grupo da
platina.