A Ford fez uma demonstração de seu mais novo carro - que ainda está em fase de testes - numa conferência de saúde na Califórnia (Estados Unidos). O veículo faz parte do crescente número de dispositivos sem fio voltados para a área médica, em especial para monitorar pacientes com doenças crônicas.
O foco inicial está em pessoas com diabetes e asma. O carro pode se conectar a um dispositivo sem fio, que vai monitorar o nível de glicose no sangue ou quadro clínico da asma a partir dos aparelhos da Medtronic e, em seguida, sincronizar as informações com o WellDoc, uma plataforma móvel de monitoramento de saúde.
"As pessoas já usam o serviço de voz em seus telefones celulares e para selecionar música, por exemplo. O que estamos tentando fazer é estender a capacidade dessa plataforma para incluir recursos de saúde e bem-estar", afirma K. Venkatesh Prasad, líder sênior do setor técnico da Ford.
O carro pode parecer um lugar estranho para controlar a saúde, mas Anand Iyer, diretor de operações da WellDoc, que trabalhou com a Ford no projeto, ressalta o contrário. "Os americanos gastam cerca de 230 milhões de horas por semana em seus veículos. É um ambiente único, porque é uma espécie de local privado dos condutores".
O aplicativo que detecta os níveis de asma combina o sistema GPS do carro com mapas de contagem de pólen no local, e pode, eventualmente, tomar medidas com base em dados como fechar janelas ou alterar as configurações de circulação de ar.
A Ford tem uma série de outros projetos voltados para a saúde. Um deles é relacionado a assentos com sensores eletrocardiográficos embutidos para monitorar o coração. Ainda no estágio inicial de desenvolvimento, a ideia é usar a tecnologia para alertar os motoristas que possam ter um ataque cardíaco ou um problema cardiovascular e, assim, evitar acidentes.
Olhar Digital