“Não iremos julgar se o
candidato fez ou não aquilo, não
há uma resposta correta.
Analisamos como ele reage em uma
situação de desconforto”, afirma
Fábio Saaad, gerente sênior das
divisões de F&A e FSG da Robert
Half.
A principal recomendação
dos especialistas é responder
honestamente. “No caso do tema
das drogas, por exemplo, o que é
preocupante é a instabilidade do
candidato. Precisamos avaliar se
ele tem controle emocional e tem
capacidade para lidar com
problemas”, explica Fantozzi.
As perguntas muito pessoais
podem não ter sentido para os
candidatos, mas profissionais
que tendem a burlar regras para
proteger colegas de trabalho ou
já praticaram ações antiéticas
precisam ser identificados na
fase da entrevista pelos
recrutadores.
Para Saad, se o candidato tem
alguma informação obscura e que
não foi bem explicada, será
possível notar durante o
desenvolvimento da resposta. Ou
seja, reagir de forma explosiva
ou intempestiva, é um indício de
que o profissional está
escondendo algo.
“Quanto mais maduro e
objetivo, melhor”, diz Fantozzi.
“Caso a pergunta entre em um
assunto delicado, como divórcio,
a morte de um familiar ou um
abuso, o candidato deve deixar
claro que este é um ponto
delicado e que o incomoda. O
recrutador irá entender”.