O organismo que administra as políticas de registro
de nomes dos sites na internet lança na quinta-feira
uma "revolução" nesta área, que preocupa tanto
instituições internacionais como a ONU e o FMI
quanto o setor privado.
Segundo previsões, a
agência independente ICANN aceitará a partir de
quinta-feira os pedidos apresentados por empresas
para criar novos nomes de sites. Isto permitirá que
endereços online terminem de um modo diferente dos
até agora tradicionais .com, .org, .net, ou das
letras que identificam cada país (.br para Brasil, .mx
para México, etc).
As empresas têm como prazo o dia 12 de abril para
fazer seus pedidos, seja para obter uma "terminação"
ou "sufixo" de nome de site em concordância com sua
marca (.apple ou .toyota, por exemplo), um produto
determinado (.câmera, .bicicleta, .calçado) ou outra
palavra que desejarem.
A ICANN indicou que o montante para pedir um novo
"sufixo" será de US$ 185 mil, e sua manutenção
custará US$ 25 mil anuais. Segundo o presidente da
agência, Rod Beckstrom, trata-se de "uma revolução
no sistema dos nomes de sites da internet".
Essa ampliação tornou-se necessária pela explosão
do número de internautas, que se situa em 2 bilhões
de pessoas no mundo, a metade deles na Ásia, segundo
a ICANN. Atualmente, a internet funciona com o
sistema denominado "standard IPv4", que permite a
existência de "apenas" 4 bilhões de endereços.
Há vários anos, a ICANN pede a adoção do novo "standard
IPv6", que autoriza a existência de cerca de 340
sextilhões de endereços (ou seja, 340 vezes o número
10 seguido de 36 zeros).