Segundo os cálculos teóricos, um
sistema de recuperação de energia
integrado no trem de pouso de um
avião pode ser capaz de fornecer
toda a energia necessária para a
rolagem de pista de volta para o
terminal do aeroporto.
"O
taxiamento é uma das partes menos
eficientes em termos de consumo de
combustível de qualquer viagem de
avião," garante o pesquisador.
"Atualmente, os
aviões comerciais passam muito
tempo no chão com os seus ruidosos
motores a jato funcionando. No
futuro, esta tecnologia poderá
reduzir significativamente essa
necessidade," completa ele,
salientando as exigências europeias
de redução do ruído das aeronaves
nos próximos anos.
Reduzindo a necessidade de usar
as turbinas quando o avião está no
chão, isso economizaria combustível,
reduziria as emissões de poluentes e
reduziria a poluição sonora no
entorno dos aeroportos.
KERS aeronáutico
A energia produzida pelo sistema
de frenagem - atualmente
desperdiçado como calor produzido
pela fricção dos discos de freio da
aeronave - terá que ser capturada e
convertida em eletricidade por
motor-geradores construídos no
interior das rodas.
A eletricidade será armazenada em
baterias e depois retornará aos
mesmos motor-geradores, agora
operando na função motor, para
movimentar o avião no chão.
O estudo também identificou os
desafios tecnológicos a serem
vencidos para que a ideia se torne
realidade.
A principal delas é o peso desse
"KERS aeronáutico", que não poderá
ser uma simples conversão dos
dispositivos desse tipo já usados em
automóveis híbridos e elétricos.
Alguns dos desafios já estão
sendo enfrentados pelos projetistas
dos primeiros
aviões totalmente elétricos.
A equipe agora está trabalhando
na redução da quantidade de fios
usados nos motores-geradores, assim
como na redução da eletrônica de
potência exigida pelo sistema.