Se você
"curte"
alguma coisa
no Facebook
ou lê um
jornal
online,
talvez uma
dúzia de
empresas
estejam
acumulando
dados sobre
seus gostos,
hábitos e
descobrindo
se você é
homem ou
mulher, gay
ou
heterossexual,
velho ou
jovem. Seus
objetivos
não são
maléficos.
Só querem
fornecer ao
consumidor
exatamente
aquilo que
ele deseja -
um tema
permanente
para as
empresas. O
dilema
dessas
companhias,
agora que as
autoridades
regulatórias
começam a
contestar
seu
comportamento,
é como
atender aos
consumidores
e ao mesmo
tempo
satisfazer
suas
necessidades
de
informação
quando os
usuários
preferem não
ser
incomodados.
Existem
milhares de
companhias
de análise
de dados de
audiência,
especialistas
em
posicionamento
de conteúdo
e
publicidade,
corretores
de anúncios,
bolsas de
espaço
publicitário
e serviços
semelhantes,
que recolhem
dados e
vendem
serviços
para grandes
marcas, a
preços de
até cinco
mil euros
por vez; as
grandes
marcas, de
sua parte,
utilizam os
dados para
adquirir
publicidade
em sites que
seus
potenciais
clientes
talvez
frequentem.
Você só vai
saber que
essas
empresas de
coleta de
dados estão
operando se
for leitor
das
letrinhas
miúdas de
contratos de
serviço.
O New
York Times
revela nesse
tipo de
documento
que emprega
os serviços
da WebTrends
e Audience
Science para
interpretar
os
interesses
de seus
leitores, e
o jornal
britânico
Guardian diz
que paga a
Criteo e
QuantCast,
entre
outros, para
fazer a
mesma coisa.
Ocasionalmente
um site
consegue
vender um
anúncio a um
hotel de
luxo, por
exemplo,
três
segundos
depois de
saber que
uma pessoa
que gosta de
passar
temporadas
em spas está
visitando o
site. O site
fatura
quando seus
visitantes
clicam
nesses
anúncios. É
o que
sustenta boa
parte dos
sites.
"Sem
publicidade
direcionada,
os sites não
sobreviverão",
disse Kimon
Zorbas, do
Internet
Advertising
Bureau, um
grupo de
lobby das
companhias
de
publicidade
online, em
Bruxelas.
Mas agora as
autoridades
regulatórias
querem deter
esse tipo de
prática.
Estados
Unidos e
União
Europeia
afirmam
querer que
as pessoas
tenham
escolha
entre
permitir ou
não coleta
de dados,
mas divergem
sobre o grau
de escolha
oferecido
aos
usuários.
Os
europeus,
por exemplo,
desejam que
as
companhias
obtenham
consentimento
expresso
para a
coleta de
dados, e os
norte-americanos
preferem que
a iniciativa
de permitir
ou negar
coleta de
dados venha
do
consumidor.
Enquanto
isso, as
companhias
que dependem
da Web para
uma parte
significante
de seu
negócio
ficam
aguardando
como serão
as novas
regras de
privacidade.