O primeiro passo para a popularização foi dado pelo Google em abril, quando anunciou que está trabalhando em óculos futuristas.
O acessório roda Android, tem processador e memória, sensores de GPS, câmera digital e uma pequena tela, que exibe informações diretamente para os olhos do usuário.
"Os vestíveis serão a norma", disse à "Wired" Babak Parviz, um dos responsáveis pelo projeto. Antes do Google, o pesquisador trabalhava na Universidade de Washington na criação de uma lente de contato capaz de exibir informações transmitidas pela internet, que chegou a ser testada em coelhos.
Outros gigantes também estão de olho nesse mercado. No começo de julho, a Apple registrou patentes de óculos futurísticos. Na mesma semana, a Olympus anunciou um produto parecido. Ele se conecta via Bluetooth ao celular e exibe informações.
A Nokia foi mais longe e registrou a patente de uma tatuagem eletrônica que vibra quando há ligações telefônicas ou mensagens SMS.
Já disponíveis no mercado, alguns produtos voltados para o esporte são roupas e pulseiras. A Adidas, por exemplo, vende uma espécie de sutiã com sensores embutidos que captam batimentos cardíacos e calorias perdidas. As informações são enviadas para o smartphone.
Em janeiro,durante a CES, maior feira de eletrônicos do mundo, diversas empresas apresentaram produtos, como jaquetas e relógios com computadores integrados.
"Acredito que os vestíveis serão populares entre sete e dez anos", diz Patrick Moorhead, presidente da consultoria Moor Insights and Strategy. "Será quando as pessoas que podem pagar por eletrônicos básicos poderão comprar vestíveis."
Atualmente, a categoria é estudada e implementada em situações especiais, como na reabilitação de deficientes ou como acessório militar. Forças especiais do Exército americano já usam óculos que exibem informações, como localização.
O foco para o consumidor final deverá ser a comunicação e o entretenimento. Imagine como a vida melhoraria se os seus óculos identificassem alguém que você conhece mas não lembra de onde (como fazia o personagem de Arnold Schwarzenegger em "O Exterminador do Futuro").
"Vestíveis são o último passo antes de computadores implantados, que atualmente têm difícil aceitação", diz Moorhead.
Folha Online