Criada por cientistas da Universidade de Warwick, no Reino Unido, em parceria
com a empresa Molecular Solar Ltd, pertencente à instituição, uma célula
orgânica solar poderá evitar que a bateria do celular acabe e deixe o usuário na
mão. Capaz de gerar uma tensão suficientemente alta para carregar uma bateria de
íons de lítio sem precisar conectar várias células em série, um único módulo
apresenta um bom desempenho em diferentes condições solares, podendo ser
utilizado em aparelhos eletrônicos, como tablets, câmeras e celulares.
"Por fornecer energia em uma tensão muito alta, a célula solar pode recarregar
uma bateria diretamente, mesmo em níveis baixos de luz e sombra parcial",
destaca um dos envolvidos no projeto, o professor assistente de química da
Universidade de Warwick Ross Hatton. Consideradas a terceira geração da
tecnologia solar, as células orgânicas fotovoltaicas são leves, baratas e
compatíveis com diferentes tecnologias, o que as torna facilmente utilizáveis em
dispositivos eletrônicos portáteis.
Dessa forma, essas células são um grande avanço tecnológico na busca pela
fabricação de aparelhos eletrônicos com baixo consumo de energia. Em seus
testes, os cientistas do departamento de química da universidade produziram até
7 volts em circuito aberto com as células fotovoltaicas, potência muito superior
aos 4,2 volts necessários para recarregar uma bateria de íons de lítio.
Nessa fase do projeto, a Molecular Solar Ltd está transformando a pesquisa
realizada em laboratório em módulos de aplicação prática, a fim de tornar a
tecnologia comercializável. "Atualmente, a Molecular Solar Ltd está fabricando
módulos de células de alta voltagem do tamanho de cartões de crédito,
integrando-os com dispositivos eletrônicos portáteis com baixo consumo de
energia. Além disso, a empresa está em busca de investimento para fabricar a
primeira geração dos seus módulos", afirma o professor assistente de química da
Universidade de Warwick.
Terra
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