Músculo miniaturizado
Micro e nano robôs precisam de braços e
pernas igualmente em dimensões micro e nano.
A boa notícia é que, nesse caso,
construir a versão miniaturizada de membros
robóticos pode ser mais simples do que
construí-los na escala humana.
Foi o que demonstraram Kai Liu e Junqiao
Wu, da Universidade da Califórnia em
Berkeley, nos Estados Unidos.
Eles criaram um atuador em microescala
que é simples, mas extremamente forte.
Microatuador
Fabricado com um óxido bem conhecido, os
pequenos filamentos expandem-se e
contraem-se em resposta a uma pequena
variação de temperatura, que pode ser
suprida com precisão por um laser.
Menores do que o diâmetro de um fio de
cabelo humano, os microatuadores poderão ser
aplicados em robôs em miniatura,
MEMS, microfluídica, liberação de
medicamentos e em qualquer outra aplicação
onde seja necessária a presença de um
músculo artificial.
"Nós acreditamos que nosso microatuador é
mais eficiente e mais forte do que qualquer
outra tecnologia de atuador em microescala
existente, o que inclui os músculos
humanos," disse Wu.
Dióxido de vanádio
Os novos músculos artificiais - eles são
quase fibras musculares - são feitos de
dióxido de vanádio, um material com
propriedades interessantes o suficiente para
que ele esteja sendo usado em experimentos
que vão dos
transistores aos
vidros inteligentes.
O VO2 é o melhor exemplo de um material
fortemente correlacionado, o que significa
que cada um dos seus elétrons está
inextricavelmente ligado aos seus elétrons
vizinhos. Isso permite que ele passe
facilmente de um comportamento condutor a
semicondutor ou isolante.
A 67ºC, por exemplo, o
dióxido de vanádio passa de isolante
para metal, o que é acompanhado de uma
transição de fase que faz com que o material
encolha em uma dimensão e se expanda na
outra.