Apesar de a
Gradiente ter ganhado a concessão da marca 'Iphone' no
Brasil antes da Apple, a fabricante brasileira não foi a primeira a pedir o
registro do nome no país. Em uma busca pelos registros de marcas no Instituto
Nacional de Propriedade Intelectual (INPI), o Olhar Digital
constatou que a fabricante de monitores, scaners e fax TCE - ex-subsidiária da
CCE - foi a primeira companhia brasileira a depositar um pedido pela marca 'Iphone'
no Brasil.
A empresa registrou o pedido no INPI antes da Gradiente, em 14 de março de 2000,
mas abandonou o caso em 2006 sem receber a concessão, devido a entraves
processuais. Uma companhia chinesa, chamada Aiphone Kabushoiki Kaisha, possuia o
direito do nome 'Aiphone' desde 1980 e, portanto, a TCE não poderia obter o nome
'Iphone' por semelhança fonética.
No entanto, a empresa chinesa não utilizou a marca por cinco anos e a brasileira
solicitou a 'caducidade' (extinção) do nome. O processo demorou sete anos e a
TCE desistiu da concessão no meio do recurso. A partir daí, a Gradiente, que
tinha depositado seu pedido para a marca 'G
Gradiente Iphone' pouco tempo depois, em 23 de março de 2000, ganhou o
direitor de usá-la por ser a única empresa interessada pelo nome na época.
"A
Gradiente ganhou por sequência, já que ela havia entrado com o pedido do
nome pouco tempo depois da TCE. A chinesa perdeu o direito pela marca em 2007 e
a
Gradiente conseguiu a concessão em 2008", explicou a assessoria de imprensa
do INPI ao Olhar Digital.
Sobre o IPHONE da Gradiente
A empresa anunciou nesta terça-feira, 18, que colocará no mercado uma nova linha
de celulares, todos sob a marca iphone. O primeiro aparelho, que começa a ser
vendido hoje, será o Neo One.
Em comunicado, a empresa explica que pode comercializar seus aparelhos celulares
com a marca iphone "por uma razão simples": a IGB Eletrônica S.A, sucessora da
Gradiente S.A, é detentora exclusiva dos direitos sob da marca no Brasil.
O pedido de registro foi feito em 2000 e aceito pelo INPI (Instituto Nacional de
Propriedade Industrial) em 2 de janeiro de 2008, com validade até 2018. "A
Gradiente não utilizou a marca iphone até o momento porque sua prioridade
foi promover a reestruturação de sua operação e permitir a retomada de seus
negócios."
O Neo One custa R$ 599, vem com Android 2.3.4, conexão 3G e Wi-Fi, câmera de 5
MP e cartão de 2 GB. Além disso, o primeiro iphone da empresa suporta dois chips
e tem rádio FM.
A companhia aposta que os smartphones da linha serão bem recebidos no mercado
brasileiro, apesar de já haver um
iPhone à venda por aqui e que sai bem no mundo inteiro, o da Apple. A
Gradiente ainda garante que "adotará todas as medidas utilizadas por
empresas de todo o mundo para assegurar a preservação de seus direitos de
propriedade intelectual em nosso País".
Saiba mais sobre o caso clicando
aqui e
aqui. E veja abaixo os registros encontrados no INPI.
Olhar Digital