Se você está procurando por, digamos, um filme para assistir no próximo fim de semana, o Google pode fornecer uma longa lista de críticas de filmes de estranhos. O Facebook, no entanto, poderia teoricamente dizer-lhe que filmes seus amigos curtiram --e que, por extensão, você pode estar predisposto a gostar. Esse tipo de serviço poderia encantar anunciantes --e, por extensão, Wall Street.

Facebook teve uma estreia tumultuada em Wall Street. As ações inicialmente custavam US$ 38, mas o valor caiu quase que imediatamente. No último mês esse número vem subindo, impulsionado por um convite que a companhia enviou para a imprensa, sobre um anúncio de alguma novidade, prevista para esta terça-feira (15).

"Vamos ver o que estamos construindo", diz convite. Especulações fizeram as ações bater US$ 32 nesta segunda-feira (14), o valor mais elevado em seis meses, e fechou em US$ 30,95.

A próxima fronteira que o Facebook precisa conquistar, dizem os analistas, é o campo das buscas. Isso ajudaria a rede expandir significativamente as receitas e, por sua vez, o seu valor de mercado. "Pesquisa é uma prioridade muito alta para o Facebook", diz Colin Sebastian, analista da Robert W. Baird & Company. "O Facebook tem um tesouro incrível de dados."

Em setembro do ano passado, em uma conferência patrocinada pelo blog de tecnologia "TechCrunch", Mark Zuckerberg deu dicas sobre como a busca do Facebook poderia ser.

"Eu acho que os mecanismos de busca estão realmente evoluindo para dar um conjunto de respostas, não apenas 'digite algo e me mostre coisas relevantes', mas 'eu tenho essa questão específica, responda ela para mim'", disse o fundador do Facebook. "Quando você pensa sobre isso a partir dessa perspectiva, o Facebook é unicamente bem posicionado para responder às perguntas que as pessoas têm."

Mas a construção de uma ferramenta de busca é um desafio. Para enfrentar o problema, o Facebook expandiu agressivamente sua equipe de engenheiros da pesquisa nos últimos meses. Ela agora tem quase uma centena de profissionais da área dedicados a desvendar o enigma das buscas, liderados por um ex-engenheiro do Google, Lars Rasmussen.

Facebook também tentou adquirir pelo menos uma start-up focada em pesquisa, Ark, que está construindo uma ferramenta para ajudar os usuários a encontrar pessoas cujos nomes não sabem, mas cujas habilidades ou interesses elas possam achar úteis. A rede social também lançou uma série de novos recursos para ajudar os usuários descobrirem informações sobre o site.