O desenho da patente foi postado por
filho e pai - já que o garoto é novo demais - no
Quirky, site de compartilhamento de criações. Apesar
de ter o rascunho pronto, o equipamento ainda carece
de uma câmera no tamanho apropriado para ser posto
em funcionamento. Owen até já viu um modelo que pode
servir, em um catálogo de brinquedos infantis. "(O
pino) não é tão pequeno (quanto gostaria) ainda, mas
vai ser em algum momento", comenta o garoto, que
pretende adquirir o componente na próxima vez que
viajar ao Vale do Silício.
Quanto à região tida como berço da
inovação tecnológica nos Estados Unidos, aliás, Owen
é quase um "local". Ele acompanha o pai nas viagens
à Califórnia e aproveita para encontrar adultos que
pensam como ele. As conversas vão de programação
para Arduino às vantagens dos cabos de fibra óptica
- mas às vezes o menino aproveita para apenas jogar
videogame.
Owen não vai à escola normal, ele
aprende os conteúdos em casa, com a mãe Korey. Os
pais montaram uma oficina para ele no porão, onde
mexe com eletrônica - desde os 6 anos ele gosta de
desmontar equipamentos para entender o
funcionamento. Com frequência, Len leva o filho ao
depósito de lixo eletrônico local para recolher
aparelhos, que o menino tenta consertar - os que
consegue, ele vende no site Craiglist, e o dinheiro
que já ganhou o ajudou a comprar metade de um bote
de 16 pés.
O ídolo de Owen é Sir Richard
Branson, milionário fundador da Virgin Media. Como o
britânico, o menino americano é disléxico, e como
aquele, este pretende ficar rico.
Para os pais, o processo de
aprendizagem importa mais do que o sucesso das
invenções do garoto. "O objetivo é pegar essas
habilidades e canalizá-las na direção certa", diz a
mãe, exemplificando que Owen aprende matemática e
ciências enquanto brinca de inventor.