Físicos preencheram uma lacuna histórica na tabela periódica ao medir pela primeira vez as propriedades radioativas do astato, um elemento do grupo das terras raras. O astato, de número atômico 85, é o último elemento natural para o qual esta propriedade fundamental ainda era desconhecida.
O elemento é particularmente interessante porque os isótopos de astato são candidatos para a criação de radiofármacos para tratamento de câncer.
Este experimento poderá ajudar os químicos a desenvolverem aplicações para o astato em radioterapia e os físicos a desenvolverem teorias que prevejam a estrutura dos elementos super-pesados - que são elementos sintetizados, ou seja, não ocorrem na natureza.
Ao medir o potencial de ionização do astato - que é a energia necessária para remover um elétron de um átomo, transformando-o assim em um íon - os cientistas agora entendem um pouco mais sobre a reatividade química do astato e a estabilidade de suas ligações químicas em compostos.
Astato
O astato ocorre naturalmente, mas apenas em quantidades-traço - calcula-se que exista menos de 28 gramas de astato na Terra.
Felizmente, os físicos podem gerar isótopos artificiais do elemento bombardeando alvos de urânio com prótons de alta energia.
Disparando nos átomos uma série de lasers de comprimentos de onda precisamente ajustados, a equipe mediu o potencial de ionização do astato em 9,31751 elétron-volts.
"O valor experimental para o astato também serve para as teorias de benchmarking que predizem as propriedades atômicas e químicas dos elementos super-pesados, em particular o elemento 117, recentemente descoberto, que possui características muito semelhantes às do astato," disse o professor Andrei Andreev, da Universidade de York.
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