Pesquisadores da Universidade de Indiana, EUA, trabalham em uma linguagem
chamada Harlan, que promete revolucionar a computação ao transformar as GPUs em
supercomputadores.
Sigla para “Unidade de Processamento Gráfico”, as GPUs não servem apenas para
processar gráficos. A tecnologia, assim como os CPUs (“Unidade de Processamento
Central), executa cálculos de computação e empresas como Google e Salesforce já
testam suas diversas finalidades.
As GPUs são capazes de guardar simultaneamente múltiplos cálculos, conhecidos
como “threads”, enquanto CPUs só processam uma thread por vez. No entanto,
apesar de trabalhar com diversas threads ao mesmo tempo, fazem o trabalho de
forma muito mais lenta. Por isso, historicamente, foram desenvolvidas com foco
no processamento gráfico.
Mas tudo pode mudar com a linguagem Harlan, que promete executar várias threads
ao mesmo tempo de forma ainda mais rápida do que as CPUs já fazem. Ou seja: o
potencial de computação daria saltos enormes e simples computadores poderiam se
tornar supercomputadores.
A ideia, segundo reportagem da
Wired, é descobrir qual o potencial de uma linguagem concebida
especificamente para GPUs. Justamente por isso, a sintaxe do Harlan é toda
moldada em Scheme, considerada por muitos a “mãe de todas as linguagens de
programação”.
Rust, o braço mais simples
Em entrevista à revista, Eric Holk, um dos desenvolvedores da Harlan, afirmou
que trabalha numa outra linguagem, chamada Rust, criada pela Mozilla, que
funcionaria como uma versão mais simplificada e prática da Harlan.
“A Harlan tem o objetivo de expandir os limites do que é possível, enquanto a
Rust em GPUs quer trazer essas mesmas ideias para uma linguagem mais prática”,
exemplifica Holk.
Olhar Digital