Na época, a equipe afirmou que seu objetivo de longo prazo era usar essas microgarras autônomas - elas são acionadas quimicamente, por calor ou por luz, dispensando fios ou baterias - para executar procedimentos no interior do corpo humano.
O prazo não está sendo tão longo assim, já que eles acabam de testar, com sucesso, a viabilidade do uso das microgarras para realizar biópsias em animais.
Biópsia robotizada
Centenas dessas pinças miniaturizadas, cada uma menor do que um grão de poeira, foram liberadas na boca, estômago e no trato gastrointestinal de animais vivos.
As microgarras usadas são ativadas autonomamente pelo calor do corpo do animal, fechando-se sobre o tecido, retirando um punhado de células, que podem ser usadas para realizar biópsias.
Como cada microgarra contém também um material magnético, elas são recuperadas por meio de um catéter que produz um campo magnético ao chegar ao ponto do organismo onde os "robôs" foram liberados.
"Esta é a primeira vez que se usa um dispositivo submilimétrico, do
tamanho de um grão de poeira, para realizar uma biópsia em um animal
vivo," disse David Gracias, ressaltando que eles escolheram porcos como
cobaias devido à semelhança de seu trato intestinal com o dos humanos.
Robôs no corpo humano
Embora cada micropinça colete uma amostra de tecido muito menor do que as ferramentas atuais usadas para biópsias, os pesquisadores afirmam que elas recuperam células suficientes para uma inspecção microscópica efetiva e para análises genéticas.
Segundo os pesquisadores, agora é mais uma questão de dinheiro do que de tempo para que estes estudos possam começar a ser testados em humanos - dinheiro para financiar os próximos passos da pesquisa.
O experimento representa um dos passos mais significativos rumo à realização do sonho de procedimentos cirúrgicos no estilo Viagem Fantástica, em que robôs entram no corpo humano para tratar doenças.
Uma equipe suíça também já está se preparando para usar microrrobôs em tratamentos dos olhos.
Inovação Tecnológica