Mas os cálculos continuam sendo feitos pelos transistores eletrônicos tradicionais.
Isto poderá ser superado por meio dos transistores ópticos, componentes que possam ser usados para criar portas lógicas e fazer cálculos usando inteiramente a luz.
Transístor óptico
O primeiro transístor totalmente óptico, capaz de controlar luz com luz, foi criado em 2010 por uma equipe da França e da Alemanha.
Em 2011, físicos austríacos usaram uma técnica mais recente, a rotação da luz, para criar um transístor óptico controlado magneticamente.
Agora, a mesma equipe construiu um transístor óptico controlado eletricamente, tornando a tecnologia mais fácil de ser acoplada aos eletrônicos tradicionais.
Além disso, e talvez o grande trunfo desta inovação, o transístor óptico foi construído em camadas ultrafinas de um cristal semicondutor de telureto de mercúrio, facilitando sua fabricação e sua miniaturização.
Como no experimento anterior, continua sendo o magnetismo que altera a polarização da luz. Dependendo da polarização, a luz pode passar ou não através do cristal, o que é o princípio básico de um transístor.
A diferença é que, agora, não é mais a intensidade do campo magnético que determina a intensidade do efeito óptico, mas a quantidade de elétrons envolvidos no processo - e essa quantidade é regulada eletricamente.
Assim, o transístor óptico pode usar um ímã permanente simples, e ser acionado por uma tensão muito baixa - ele opera com uma tensão inferior a 1 Volt.
Processadores terahertz
O grande inconveniente da tecnologia totalmente óptica é que a luz usada não é luz visível, mas radiação eletromagnética na frequência dos terahertz.
Mas o professor Andrei Pimenov não parece se assustar com isso: "A frequência desta radiação equivale à frequência de clock que a próxima, talvez mais uma geração de computadores, poderá alcançar."
Inovação Tecnológica