Dois anos depois de apresentar seus chips fotônicos a laser, a Intel começa a colocar no mercado os primeiros módulos para a troca de dados por luz.
Ainda não são propriamente processadores fotônicos e nem mesmo a substituição das trilhas de cobre por fibras ópticas no interior dos chips.
O objetivo da tecnologia fotônica da Intel é permitir a troca rápida de dados entre chips e entre computadores.
Em vez de transmitir as informações por elétrons (eletrônica), a tecnologia fotônica usa fótons, consideradas as unidades fundamentais da luz.
Enquanto os protótipos apresentados em 2011 pela empresa alcançavam uma velocidade de 50 gigabits por segundo (Gb/s), os chips de conexão óptica que chegarão ao mercado já batem nos 100 Gb/s.
A primeira aplicação será na troca de dados no interior de servidores, acelerando muito o trabalho dos centros de dados - uma conexão PCI-E, por exemplo, troca dados a 8 Gb/s, enquanto uma conexão de rede Ethernet não passa dos 40 Gb/s.
Com a nova tecnologia, uma única fibra óptica poderá substituir dezenas de cabos muito mais grossos, deixando os racks onde os servidores são montados mais limpos e melhor refrigerados.
Terabits
A parte mais interessante da tecnologia é que ela foi incorporada em uma pequena placa que pode ser conectada a um servidor comum, traduzindo seus sinais eletrônicos em sinais ópticos, permitindo atualizar as máquinas já em funcionamento.
A tecnologia permite obter taxas de transferência de dados no interior de racks de servidores de até 1,6 terabits por segundo em distâncias de até 300 metros - cada conector possui 64 fibras ópticas, cada uma transmitindo o sinal de um laser a 25 Gb/s.
Um elemento crucial da tecnologia são novas fibras ópticas de alta flexibilidade, desenvolvidas em cooperação com a empresa Corning, que podem ser fortemente curvadas para se adequar ao interior dos servidores sem perder velocidade.
Tecnologia fotônica
Todos os gigantes da indústria estão trabalhando na tecnologia fotônica, tentando substituir a eletricidade pela luz em busca de maior velocidade e menor aquecimento dos processadores - embora o primeiro processador fotônico foi lançado em 2005 por uma empresa quase desconhecida.
A IBM apresentou seus primeiros processadores com comunicação por luz em 2010, além de um protótipo com velocidade de 1 terabit/s em 2012.
O passo fundamental para tudo isso foi dado em 2005, quando pesquisadores conseguiram fabricar o primeiro laser de silício - hoje, o silício já emite até luz visível.
O grande objetivo da tecnologia óptica, contudo, é um processador realmente fotônico, que use a luz não apenas para trocar dados, mas também para fazer os cálculos.
Inovação Tecnológica