Nada tem movimentado mais o campo da astronomia e da astrofísica do que a busca pelos primeiros sinais de vida extraterrestre.
Agora que começa a ser possível analisar o espectro da luz refletida pelos exoplanetas, os cientistas precisam descobrir quais sinais presentes nesse espectro podem ser sinais de vida.
Esther Sanromá e seus colegas do Instituto de Astrofísica das Ilhas Canárias acreditam que basta procurar por um planeta roxo para se ter os primeiros indicativos de vida alienígena.
Depois de analisar quais microrganismos proliferaram na Terra primordial, eles concluíram que o planeta era dominado pelas "bactérias púrpura", o que teria dado ao planeta um tom vermelho-escuro tendendo ao violeta.
Provavelmente seria mais fácil detectar os sinais de uma civilização alienígena, com suas cidades iluminadas, mas os pesquisadores dizem que uma civilização é um processo temporalmente muito limitado em comparação com os bilhões de anos que a Terra foi dominada pelas bactérias púrpura.
Assim, embora os planetas nas zonas habitáveis já sejam calculados em bilhões, seria muito mais frutífero procurar por vida alienígena bacteriana, algo que poderia ser detectado simplesmente pela cor do planeta.
De que cor seriam os alienígenas?
Outros pesquisadores já mostraram que é possível identificar a marca característica de vegetação em outros planetas, enquanto outros defendem a busca por gases na atmosfera - apesar do recente fiasco envolvendo o metano de Marte.
Uma pedra no sapato da proposta envolvendo a busca por um planeta roxo é que não é porque as bactérias da Terra primitiva eram roxas que as bactérias alienígenas terão as mesmas cores.
Além disso, o modelo desenvolvido pelos cientistas espanhóis mostra que será mais fácil identificar as bactérias se elas tiverem proliferado no solo - se elas se desenvolveram nos oceanos dos planetas extrassolares, detectar sua cor característica será bem mais complicado.
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