As operações plásticas
rejuvenescem
As operações plásticas
estão cada vez mais
precisas. Rejuvenescem, sem alterar a
fisionomia. E há até aqueles procedimentos
que nem podem ser chamados de cirurgias
As cirurgias plásticas de
agora lembram pouco as do passado. Elas estão menos invasivas, mais seguras –
e seus resultados, bem mais sutis. Desde, é claro, que você não caia nas mãos
de um açougueiro. Foi-se o tempo dos rostos esticadíssimos e narizinhos
arrebitados, que davam aos pacientes a aparência de um boneco. A boa plástica
é aquela que, quando o operado chega a uma festa, todo mundo repara que algo
mudou, mas ninguém consegue dizer exatamente o quê. Para obterem uma aparência
remoçada, os médicos não se limitam a mexer na superfície do rosto do
paciente. Antes, com cortes enormes, feitos de orelha a orelha, eles descolavam
a pele, a esticavam e pronto: o serviço estava feito. Hoje, não. Além da
repuxada tradicional, os cirurgiões trabalham os músculos da face,
remodelando-os de tal forma que recuperem o tônus. E o que é melhor: as
cicatrizes são quase imperceptíveis.
Para levantar a expressão, uma
das técnicas mais modernas é a videoendoscopia. Utilizado originalmente em
operações gástricas e ginecológicas, o método ganhou adeptos entre os
cirurgiões plásticos por apresentar riscos menores. O médico opera por quatro
pequenas incisões na linha do couro cabeludo e na região das têmporas. Nesses
cortes, são introduzidas cânulas extremamente finas. Três carregam os
bisturis e uma, uma microcâmera. O cirurgião se guia pelas imagens
transmitidas num monitor de vídeo. Por enquanto, a videoendoscopia vem sendo
utilizada apenas para levantar as sobrancelhas e amenizar as rugas ao redor dos
olhos. É preciso algum tempo a mais de experiência com a técnica para avaliar
se o seu uso pode ser estendido a outras áreas do corpo.
Quem deseja efeitos mais amplos
tem a opção de recorrer a artifícios como o minilifting, versão mais leve do
lifting tradicional. A operação é indicada para feições envelhecidas, mas
que não exigem uma plástica facial das mais radicais. O minilifting resolve
casos de flacidez das bochechas e marcas de expressão, principalmente os sulcos
ao redor da boca. Os resultados podem permanecer estampados no rosto por até
uma década. O método, porém, também tem suas limitações. Não resolve, por
exemplo, o excesso de pele ou a flacidez debaixo do pescoço.
Para levantar as pálpebras ou
retirar bolsas de gordura, uma pequena cirurgia a laser dá conta do serviço.
É possível levantar os lóbulos da orelha, distendidos pelo tempo, ou esconder
as veias que tendem a aparecer no dorso das mãos, em cerca de apenas meia hora.
Para amenizar os sulcos e as rugas ao redor da boca, os médicos recomendam o
preenchimento com injeções de ácido hialurônico. Ele ocupa o espaço entre
as células, deixando a pele lisa por até um ano (se você tiver sorte). E,
como não poderia deixar de ser, a cada dia que passa são descobertas mais
utilidades para ela, a toxina botulínica (cuja marca mais famosa é o Botox).
Injeções da substância estão sendo usadas para suavizar as rugas do colo e
levantar a ponta do nariz. Seus efeitos duram, em média, seis meses. Mas o que
é uma picada na ponta do nariz perto de uma operação com anestesia e tudo?
Nas próximas duas páginas, você encontra um resumo do que há de mais moderno
em intervenções estéticas no rosto, pescoço, braços, colo e mãos.
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