Justiça
americana quer explicações sobre clone
Thomas
Kaenzig, o vice-presidente da Clonaid – a companhia que alega ter
produzido um clone humano –, foi intimado pela Justiça dos Estados
Unidos a comparecer a uma audiência em 22 de janeiro. A empresa também
recebeu uma ordem judicial para que revele o paradeiro do suposto bebê-clone
e de sua mãe.
As intimações foram aprovadas por um tribunal, no sábado passado, a
pedido do procurador Bernard Siegel, que entrou com um processo
solicitando ao estado da Flórida a nomeação de um guardião para a
criança. Kaenzig e uma porta-voz da Clonaid, Nadine Gary, não quiseram
comentar as intimações.
Kaenzig disse que os pais da menina temem perder sua guarda devido a ações
do governo ou da Justiça dos Estados Unidos. "Eles queriam esse
bebê há muitos, muitos anos e estão muito felizes por ela ter
nascido", afirmou o executivo.
Em 27 de dezembro passado, a Clonaid anunciou que uma menina, chamada
Eve (Eva) que havia nascido no dia anterior era o clone de sua mãe. A
companhia declarou também que a mãe era uma cidadã norte-americana,
de 31 anos, cujo marido, também norte-americano, era infértil. Mas os
executivos da Clonaid vêm se recusando, terminantemente, a identificar
a família ou informar onde o processo de clonagem ou o nascimento do
suposto clone, ocorreram.
A empresa havia inicialmente se comprometido a autorizar a realização
de testes de DNA para comprovar suas alegações, mas disse na semana
passada que os pais do bebê não se submeterão a nenhum exame se não
receberem garantias de que a criança não será tomada deles.
Jornal de Brasília
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