País
fecha contas mesmo sem FMI
Mesmo com todas as
dificuldades internas e externas, o Brasil conseguiu financiar suas
contas no primeiro trimestre deste ano, independentemente dos recursos
emprestados pelo Fundo Monetário Internacional ou de outras fontes de
financiamentos do mercado externo. As contas nacionais consolidadas,
divulgadas ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE), apresentaram um resultado positivo de R$ 345 milhões.
A cifra corresponde a 0,001% do Produto Interno Bruto (PIB) do país nos
primeiros três meses deste ano. A soma de bens e serviços produzidos
pelo Brasil chegou a R$ 344,294 bilhões, volume 0,1% menor do que no último
trimestre de 2002. Na comparação com o primeiro trimestre de 2001 -
quando a economia ainda sofria reflexos do racionamento de energia e dos
atentados terroristas aos Estados Unidos -, houve expansão de 2%.
O chefe da Divisão de Setores Institucionais do IBGE, Carlos Cesar
Sobral, atribuiu o desempenho no primeiro trimestre não só ao saldo da
balança comercial nos últimos meses (diferença entre exportações e
importações), mas também ao superávit nas contas do governo. Embora
cauteloso na avaliação quanto ao futuro das contas do país, Sobral
admitiu que ainda é cedo para prescindir dos recursos do FMI e optar
por não renovar o atual acordo, que expira no fim deste ano.
Jornal do Brasil
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