Spammers usam vírus para atacar sites anti-spam

Rafael Rigues
 

Segundo os responsáveis pelo projeto Spamhaus, os vírus W32.Mimail.D, SoBig.E e Fizzer contém código que instrui as máquinas infectadas a inundar os servidores de organizações anti-spam como a Spamhaus, SpamCop e SPEWS com falsos pedidos de conexão. O ataque distribuído de negação de serviço (DDoS) resultante impede o acesso a estes sistemas, o que beneficia os spammers.

Os servidores do projeto Spamhaus sofreram ataques DDoS durante três meses, a partir de junho de 2003, até que um sistema de proteção anti-ddos fosse instalado. Há uma semana o site SpamCop foi retirado do ar, depois que uma denúncia falsa, feita por um spammer, fez com que as informações referentes ao site fossem retiradas dos servidores DNS da Internet, impossibilitando o acesso. No total, quatro sistemas anti-spam foram forçados a sair do ar entre agosto e setembro por ataques gerados por vírus e worms.

Os vírus também contém sofisticados servidores web e SMTP, que podem ser usados pelos spammers para redirecionar spam através de conexões ADSL domésticas, eliminando a necessidade da procura de repetidores (relays) abertos nos sistemas de correio de provedores e empresas. Os servidores web podem ser usados para administração remota destes repetidores, ou como depósitos de conteúdo para sites pornográficos ou que vendem produtos fraudulentos, geralmente anunciados através de spam.
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