Playboy usa tecnologia para atrair novo público
 


A revista Playboy, que completa 50 anos com a edição de janeiro do ano que vem, começa a usar a Internet e tecnologias de televisão e rádio para atingir novos públicos. O mega-império do entretenimento adulto, cuja primeira capa trouxe nada menos do que Marilyn Monroe, pode estar com um ar envelhecido, mas a controladora da companhia, a Playboy Enterprises, não quer ceder terreno aos concorrentes. No ano passado, retocou sua maquiagem e contratou um novo editor, James Kaminsky, da concorrente Maxim. Também voltou suas atenções para canais de televisão digital pay-per-view, assinaturas online e comércio eletrônico para impulsionar os lucros.

A Playboy, administrada por Christie Hefner, filha do fundador Hugh Hefner, já tem, inclusive, uma estação na XM Satellite Radio, onde os ouvintes pagam uma taxa extra para ouvir shows com conteúdo adulto. "Com as tecnologias crescendo em termos de TV digital e via satélite, assim como Internet e novas plataformas como celulares, eu acho que a Playboy vai se expandir com elas", disse Christie Hefner.

Foco em televisão

A Playboy andou por um longo percurso, desde 1953, quando Hugh Hefner, com então 27 anos, tomou emprestado US$ 8 mil para financiar sua revista. A criação da primeira edição foi em seu apartamento, em Chicago. A companhia tem a expectativa de quase triplicar o lucro operacional neste ano para US$ 25 milhões, contra US$ 8,6 milhões no ano passado. O resultado virá, em parte, dos anúncios publicitários pagos da edição de aniversário, os maiores em 18 anos.

Com os negócios editoriais considerados maduros, a Playboy busca crescimento em sua receita com TV a cabo - incluindo taxas de pay-per-view de filmes adultos e de seus canais Spice e Playboy TV. Desde a aquisição de três canais adultos em meados de 2001, a receita doméstica de televisão da Playboy cresceu 27%, para US$ 94 milhões em 2002. Nos primeiros nove meses de 2003, as vendas internacionais subiram de US$ 9,8 milhões em 2002, para US$ 25 milhões.

No ano passado, a receita com televisão e vídeos superaram a de publicidade pela primeira vez. Este ano, seu braço em Internet, que vinha registrando prejuízos seguidos, voltou aos lucros. "A Playboy conseguiu manter uma posição muito forte, certamente na área editorial. Depois, a Internet cresceu gradualmente e isso criou um novo mercado", afirmou o analista Dennis McAlpine, da McAlpine Associates.
 Reuters

 

 

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