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Satélites
espiões auxiliam a NASA
Rafael Rigues
A agência
espacial norte-americana (NASA) está usando satélites
espiões emprestados pelo Pentágono para verificar a
integridade da estação espacial internacional, após os
astronautas à bordo terem ouvido na semana passada um
barulho alto, descrito como "metal sendo
retorcido".
Logo após
o incidente todos os sensores internos da estação foram
analisados, e nenhuma variação na atmosfera foi
registrada, o que descarta a possibilidade de ruptura no
casco da estrutura. Especula-se que a estação tenha sido
atingida por um dos milhares de pedaços de lixo espacial em
órbita da Terra, pequeno demais para ser detectado pelos
radares, mas grande o suficiente para um bom susto, e nada
mais.
Os
astronautas Michael Foale (EUA) e Alexander Kareli (Russia)
utilizaram um braço mecânico (conhecido como "Canada
Arm") e câmeras de vídeo para buscar por possíveis
danos ao casco externo da estação, porém nada foi
encontrado. Preocupada, a NASA decidiu pedir ajuda ao
Pentágono, que está usando as câmeras de alguns de seus
satélites espiões para fotografar a estrutura à procura
de possíveis problemas. A agência quer evitar uma nova
tragédia como a do ônibus espacial Columbia, que se
desintegrou ao reentrar na atmosfera terrestre em fevereiro
deste ano. Ambos os astronautas tem experiência em crises
espaciais. Alexander Kaleri estava a bordo da MIR em 1997,
quando um cilindro de oxigênio pegou fogo e causou um
pequeno incêndio no interior da estação. Após extinguir
as chamas os astronautas ainda tiveram de lidar com a
fumaça, tão densa que quase os impedia de ver um ao outro.
Michael Foale chegou à MIR na missão seguinte, e um mês
depois do incêndio teve de enfrentar o drama da colisão da
estação espacial com uma nave de carga russa, que
danificou os painéis solares da MIR e a deixou sem energia,
à deriva no espaço, durante horas.
Magnet
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