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Prejuízo com o MyDoom sobe para US$ 22 bi
Da Redação
Em São Paulo
O vírus MyDoom já está sendo considerado o segundo pior vírus da
história. Em quatro dias, a praga já provocou prejuízos de US$ 22 bilhões,
ficando atrás apenas do Sobig, que no ano passado gerou perdas de US$ 37 bilhões.
Só as empresas dos EUA, pelos cálculos do Gartner Group, terão gastos de
US$ 250 milhões com o vírus. Os gastos envolvem perda de produtividade e
despesas com suporte técnico. O montante é maior qie os danos financeiros
causados pelo MS Blast ou pelo Sobig, porque o MyDoom deixa para trás uma
porta aberta para futuras invasões.
O FBI e especialistas de todo o mundo estão à caça dos criadores do MyDoom.
A SCO e a Microsoft, empresas que são alvo de um ataque DoS (Denial of
Service) programado pelas versões a e b do MyDoom, respectivamente, oferecem
recompensa de US$ 500 mil (US$ 250 mil cada) para quem der informações que
levem à prisão dos criadores do vírus.
Descoberto na noite de segunda-feira, durante a abertura do mercado asiático,
o vírus se espalhou por 168 países em menos de 12 horas. Trinta e seis horas
depois, mais de 100 milhões de e-mails haviam sido infectados. No dia de
maior atividade, terça-feira, ele chegou a ser encontrado em 1 a cada 12
e-mails.
O vírus utiliza truques de engenharia social para enganar o internauta e
conseguir se instalar no sistema. Ele chega por e-mail, e os campos de
assunto, corpo da mensagem e nome do arquivo anexo, que carrega o código
malicioso, variam bastante, tornando difícil seu reconhecimento.
Ao contrário dos demais vírus do tipo worm, o MyDoom não faz promessas de
fotos pornográficas. Ele chega como se fosse uma mensagem de erro enviada
pelo servidor de e-mail, avisando que a mensagem enviada não pôde ser
entregue. Curioso para descobrir quem deixou de receber sua mensagem, o usuário
clica no anexo e instala o vírus.
Além do e-mail, o Mydoom também usa sistemas P2P (peer-to-peer), como o
KaZaA, para se distribuir. Outro perigo apresentado por ele é a instalação
de um cavalo de tróia na máquina contaminada, o que permite o roubo de
informações e a manipulação remota do sistema.
Dois dias depois de ter sido descoberto, o MyDoom já tinha uma variante, que
pode ser mais perigosa do que a versão original por impedir que muitos
programas de antivírus façam a atualização corretamente.
Origem
O MyDoom.A pode ter sido criado na Rússia, segundo a empresa de segurança
Kaspersky, que rastreou a origem das mensagens contaminadas e disse ter
chegado a servidores de provedores russos. "Há 80% de chances de a
origem do verme ser mesmo russa", disse Dennis Zenkov, porta-voz da
empresa, ao jornal "The Moscow Times".
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