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Polícia apreende celulares
Oi fraudados no Rio
SÃO PAULO - Após denúncia da
Oi, a polícia carioca apreendeu na tarde desta quinta-feira (05) em Duque de
Caxias 11 celulares da operadora que haviam sido desbloqueados ilegalmente, por
software, para uso na rede da concorrente Claro.
As apreensões foram feitas em
três lojas da própria Claro no município, e envolveram também três
computadores e um equipamento que era usado para o desbloqueio clandestino. Como
não houve flagrante, os funcionários das lojas não foram presos, mas
responderão a inquérito policial.
Segundo o delegado titular da
59ª DP, dr. Ademir de Oliveira Silva, a investigação começou após denúncia
da Oi, em 15 de janeiro, que acusava apenas uma das lojas envolvidas pela
fraude. Como se descobriu que outras duas lojas participavam do esquema, foi
necessário mais tempo para obtenção dos mandados de busca e apreensão que
permitissem que a operação fosse realizada simultaneamente nos três
estabelecimentos. A polícia desconfia, ainda, que os aparelhos fraudados possam
estar sendo usados pelo crime organizado, como forma de despistar a origem de
chamadas feitas de dentro dos presídios.
Além de apurar esta
possibilidade, conta o dr. Ademir Silva, a polícia ainda vai investigar a
responsabilidade da Claro na operação fraudulenta.
Dos 11 celulares desbloqueados
ilicitamente apreendidos, dois constavam no cadastro de aparelhos roubados que
é mantido pela Oi e pela TIM. Isso não significa que os outros não tenham
sido também roubados ou furtados, perdidos ou mesmo comprados pelos usuários
em lojas da Oi para depois serem cadastrados na Claro, o que não é mais
permitido. Segundo a Oi, seus aparelhos são subsidiados ao consumidor e acabam
saindo mais em conta do que os vendidos pela Claro. Com isso, a operadora acaba
perdendo este subsídio, que seria pago justamente com o uso da sua rede GSM.
Por sua assessoria de imprensa,
a Claro informou que seu departamento jurídico está analisando as denúncias e
se pronunciará sobre o assunto tão logo chegue a uma conclusão.
Renata Mesquita, do Plantão
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