Celular
salva homem picado por aranha brasileira
Um chef britânico foi mordido por uma aranha brasileira e só foi salvo
porque tinha tirado uma foto do animal com a câmera de seu celular.
Matthew Stevens, que mora
em Bridgwater, a pouco mais de 200 km a oeste de Londres, estava limpando
o freezer de seu pub, quando foi picado duas vezes por uma aranha.
Stevens tirou uma foto da
aranha com a câmera de seu celular para "mostrar aos amigos".
Depois da picada, sua mão
começou a inchar e ele passou a sentir fortes dores e tontura, desmaiou e
foi levado ao hospital.
Os médicos perceberam a
gravidade da situação, mas era preciso identificar o tipo de aranha para
saber qual o tratamento.
O chef se lembrou da foto
no celular, que foi enviada a especialistas do zoológico de Bristol.
Os especialistas
identificaram a aranha como Phoneutria fera, típica do Brasil,
popularmente conhecida como aranha da banana ou armadeira.
Livro de recordes
A suspeita é que a aranha tenha chegado ao pub de Stevens em uma caixa de
bananas.
"A aranha estava
escondida embaixo de um pano e quando eu o apanhei, ela me picou. Era
quase do tamanho da palma da minha mão. Eu fui tentar pegá-la e ela me
picou novamente. Depois caiu no freezer e ficou paralisada", contou
ele ao jornal The Times.
O chef foi levado ao
hospital, mas suas condições pioraram enquanto os médicos tentavam
fazer o diagnóstico.
"Achei que não ia
sobreviver. Meu peito estava tão apertado que eu mal conseguia respirar.
Minha pressão estava chegando ao teto e meu coração batia tão forte,
que eu conseguia sentir as batidas no peito", contou Stevens ao
jornal The Times.
A foto no celular salvou
sua vida.
"Só ouvi uns dois
casos em que essa aranha foi encontrada na Grã-Bretanha", disse ao
jornal o chefe do departamento de invertebrados do zoológico de Bristol,
Warren Spencer.
A Phoneutria fera está
no Livro Guinness de Recordes como a aranha mais venenosa do mundo,
segundo o Times.
Pelo menos 14 pessoas
morreram de sua picada desde 1926, mas nenhum caso foi registrado desde
1996, quando cientistas brasileiros desenvolveram um antídoto para o
veneno.
BBC
Brasil
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