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Web
via rede elétrica européia tem ajuda do Brasil
Emerson Rezende
O Brasil é o único país de fora da Europa escolhido para participar das
pesquisas que envolvem a utilização do PLC (Power Line Communications),
um sistema de transmissão de dados, imagens e voz em alta velocidade por
meio da rede elétrica.
O projeto de pesquisa
para a implantação do PLC em toda a Europa, que se chama Opera, tem como
objetivo implantar esse sistema e colocá-lo em atividade até o final de
2006. No início deste ano, os organizadores do projeto para o PLC europeu
estiveram no município maranhense de Barreirinhas, onde conheceram, à
convite da Associação de Empresas Proprietárias de Infra-Estrutura e
Sistemas Privados de Telecomunicações (Aptel), o sistema de acesso à
Web via rede elétrica implantado na cidade.
A Aptel reúne empresas
dos setores de energia elétrica, gás, ferrovias, petróleo, saneamento e
rodovias, entre outras envolvidas no fornecimento e gerenciamento de
sistemas de telecomunicações. Algumas delas já mantêm projetos na área
de PLC, como a Centrais Elétricas de Minas Gerais (Cemig), a Companhia
Energética de Goiás (Celg) e a AES Eletropaulo, de São Paulo. Com a
participação do grupo no projeto europeu, elas e as outras empresas
envolvidas terão a chance de compartilhar idéias e projetos com os
colegas do velho continente.
O Projeto Opera é uma
criação em conjunto de 38 empresas públicas e privadas da Europa. Sua
primeira fase contou com um investimento de 20 milhões de euros ¿ 9 milhões
deles vindos dos diretamente dos cofres da União Européia ¿ e
concentrou-se no desenvolvimento de padrões de circuitos integrados para
PLC.
O Opera 2, no qual o
Brasil ajudará, deve começar no ano que vem e vai focar a implantação
e disseminação da tecnologia naquele continente. A velocidade de
transmissão de 200 Mbps prevista para o sistema é cerca de duas vezes e
meia mais rápida que a média dos projetos de PLC atualmente, que é de
75 Mbps.
Magnet
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