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Crackers
bloqueiam dados e cobram para desbloquear
Usuários temerosos a respeito de vírus e roubo de identidade têm novas
razões para se preocupar: crackers encontraram uma maneira de bloquear
documentos eletrônicos no computador atacado e pedir dinheiro para
devolver o acesso. Pesquisadores de segurança da Websense descobriram a
"extorsão eletrônica" quando um cliente foi vítima de uma
infecção que codificou arquivos incluindo documentos, fotografias e
planilhas. Uma nota de resgate deixada incluía um endereço de e-mail e,
mais tarde, os atacantes pediram US$ 200 para desbloquear os arquivos.
"É o mesmo que alguém
entrar em sua casa, colocar seus valores num cofre e não contar a você
qual é a combinação", disse Oliver Friedrichs, gerente de segurança
na Symantec, em reportagem da AP. O FBI diz que este caso - isolado, por
enquanto - não se parece com nenhuma outra extorsão praticada pela
Internet. Especialistas em segurança e empresas de antivírus estão
atualizando seus programas de proteção para prevenir este tipo de
ataque, batizado de "resgateware".
"Isso parece ser
totalmente maligno", diz Joe Stewart, pesquisador da Lurhq Corp. em
Chicago. Ele estudou o programa atacante e desbloqueou os arquivos
atacados sem pagar o "resgate", mas teme que versões melhoradas
sejam bem mais difíceis de lidar.
No caso em questão, a
infecção se deu a partir da visita com um navegador desprotegido a um
site comprometido. A infecção bloqueia pelo menos 15 tipos de arquivos
de dados e deixa uma nota com instruções para enviar um e-mail a
determinado endereço e comprar a chave para desbloquear. Na resposta ao
e-mail, o cracker pediu o depósito de US$ 200 numa conta de Internet
banking. "Envio o programa para o seu e-mail", garantiu o
atacante. A AP tentou contato com o endereço, mas não houve resposta.
Os especialistas dizem
que não há registro de que este tipo de ataque esteja se disseminando. O
site que originou a infecção já foi tirado do ar. Eles também
asseguram que a exigência de pagamento por parte do cracker pode se
constituir numa fraqueza, já que transações bancárias são facilmente
rastreáveis. "O problema é mandar dinheiro para algum lugar: se o
golpe envolver algum tipo de transação monetária, será muito mais fácil
rastrear a conta do que um endereço de e-mail", diz Stewart.
Terra
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