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Empresário já foi
considerado o pirata virtual mais perigoso
da
Folha Online
da Folha de S.Paulo
Atualmente, o empresário Kevin Mitnick é responsável por uma companhia
de tecnologia que "oferece a seus clientes uma avaliação detalhada da
infra-estrutura de segurança para identificar e eliminar
vulnerabilidades". Mas seu sucesso não está ligado ao trabalho que
realiza na
Mitnick Security Consulting,
e sim às ações realizadas quando se consagrou como pirata virtual.
Os transtornos causados foram tantos, que o governo dos EUA já o
classificou como "o criminoso de informática mais perigoso de todos os
tempos".
Nos anos 80, Mitnick invadiu uma série de redes de computadores,
inclusive as de grandes empresas de software e hardware e de uma agência
de espionagem norte-americana. Em 1988, foi preso e sentenciado a um ano
de reclusão mais cinco anos de liberdade condicional. Em 1992, começou a
trabalhar para uma empresa de detetives, violando a condicional.
Em 1995, foi preso novamente. Depois de acordo com o governo dos EUA, em
2000, ele pagou multa de US$ 4.000, foi solto e ficou em liberdade
condicional até janeiro de 2003.
Embora Mitnick fosse capaz de feitos tecnológicos consideráveis (como
manipular redes de telefonia celular para acessar a internet sem ser
detectado), sua principal estratégia para invadir computadores foi o que
ele chama de "engenharia social", ou seja, enganar funcionários de
empresas de informática para conseguir senhas e contas de acesso.
Filho de pais separados, Mitnick cresceu em Los Angeles, na Califórnia,
sem muitos recursos financeiros --a mãe começou a trabalhar como
garçonete após o divórcio, que aconteceu quando o filho tinha três anos.
Na adolescência, o hacker praticou seu primeiro truque: usando um
furador de papel, descobriu como fraudar bilhetes de ônibus para viajar
sem comprar passagens.
Embora tenha acessado redes altamente confidenciais, Mitnick não
manifesta a agressividade muitas vezes associada aos invasores digitais:
em sua trajetória, a destruição de arquivos alheios é uma atitude
bastante rara. "Eu nunca danifiquei intencionalmente nenhum dos
computadores que invadi", afirma.
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