Google
confirma remoção de páginas do Orkut a pedido do Brasil
O Google Inc. confirmou nesta quinta-feira que vai
remover várias comunidades do site de relacionamentos
Orkut depois que autoridades brasileiras alegaram que
elas promovem violência, terrorismo e pedofilia.
"Aquelas (páginas) que
a nossa equipe do Orkut identificar inconsistentes com
seus princípios serão imediatamente removidas", disse
uma porta-voz do Google no Brasil na quinta-feira.
Ela acrescentou que uma
lista formulada por uma força-tarefa do governo
brasileiro, policiais federais, promotores públicos e
organizações não-governamentais é vaga e que isso
poderia atrasar a remoção de algumas páginas, acertada
na terça-feira com autoridades brasileiras.
Dentre as páginas que
seriam retiradas estão a que pede o assassinato do
presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a que promete
explodir o Congresso Nacional.
Também seriam removidas
uma página de pedofilia infantil sobre crianças de zero
a um ano de idade, outra que ensina técnicas de
terrorismo e uma supostamente criada pela organização
criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).
O Ministério Público
chegou a acusar o Google de atrapalhar as investigações
por manter no anonimato os criminosos da web.
A maior empresa de
buscas na Internet, com sede nos EUA, resiste em
fornecer dados pessoais de seus clientes sob alegação
que isso contraria a legislação norte-americana.
A força-tarefa ainda
tentará convencer a empresa a quebrar o sigilo de
clientes brasileiros autores de conteúdo ilegal no maior
site de relacionamento do mundo.
Um novo encontro com
representantes do Google, marcado para ocorrer em 15
dias, deve selar um acordo mútuo de cooperação.
O Orkut, hoje com 16
milhões de usuários e disponível em 12 línguas, virou
uma febre no país, com cerca de 72 por cento de seus
internautas declarando-se brasileiros, segundo dados
fornecidos pelo Google.
Reuters
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