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Internet "sem lei" está saindo
cara para apostadores
A Internet é uma "terra sem lei" e o acesso a ela é fácil e permanente,
sem que o usuário precise sair de casa. Para os adeptos dos jogos de
azar, essa pode ser uma tentação irresistível e cara.
Um estudo recente publicado no Reino
Unido sugere que quase três quartos da população se envolve em alguma
forma de aposta durante o ano, o que dá ao setor de jogos de azar um
faturamento anual de 53 bilhões de libras (US$ 99,38 bilhões).
O setor de maior crescimento nos jogos
de azar é o online, por meio de um total estimado em 2,3 mil sites de
apostas, com movimento anual de cerca de US$ 12 bilhões. A Internet
também vem ajudando a alimentar uma substancial intensificação do vício
em jogo. "A pessoa pode basicamente alimentar o vício sem sair de casa e
apostar durante 24 horas por dia, sete dias por semana, 365 dias por
ano", disse Mark Griffiths, um professor de jogos de azar, em
entrevista.
"Se você é um indivíduo vulnerável, a
facilidade dos jogos de azar online -acesso instantâneo e conveniência
de uso - provavelmente vai alimentar essa tendência ao vício de que você
já sofre", acrescentou. Segundo o governo, 0,8% da população britânica
sofre de algum tipo de vício em jogo.
Mas um novo e sofisticado software pode
ser usado para acompanhar os padrões de apostas incomuns dos viciados em
jogo, diz a eCOGRA, uma empresa de monitoração de jogos de azar
estabelecida por grupos como a 888, Ongame e a produtora de software
Microgaming. "Há botões de exclusão que os jogadores podem usar, e os
operadores ocasionalmente podem entrar em contato com os apostadores e
sugerir que se afastem e esfriem a cabeça por algum tempo", disse um
porta-voz da eCOGRA.
A GamCare, organização de assistência
aos viciados em jogo, diz que as pessoas que a procuram têm em média 25
mil libras em dívidas de jogo, e que pouco menos de cinco por cento dos
usuários do serviço acumularam dívidas de mais de 100 mil libras em
função de suas apostas.
O governo britânico criou a Independent
Gambling Commission, que a partir de 2007 fiscalizará as empresas que
operam jogos de azar no país.
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