EUA estudam implantar microchip com dados médicos em
pacientes
da France Presse, em Chicago
Um grupo de cientistas estuda a possibilidade de armazenar
dados médicos em microchips que seriam implantados na pele dos
pacientes, segundo a Associação Médica Americana (American
Medical Association).
Os microchips, do tamanho de um grão de arroz e inseridos por
uma agulha, poderiam dar aos médicos todas as informações
necessárias sobre pacientes que sofrem de enfermidades crônicas
em casos de urgência, explicou o comunicado elaborado pelo
comitê de ética da associação.
Introduzir esses aparatos poderia "melhorar a coordenação e a
continuidade dos cuidados" e permitiria "a redução dos riscos
[...] de erros médicos", destacou o informe.
As "etiquetas inteligentes", que funcionam segundo o
procedimento tecnológico da identificação por radiofreqüência,
já são utilizadas fora do mundo da medicina por distribuidores
para acelerarem os processos de entrega de produtos de consumo.
Mas o procedimento não estaria isento de riscos. O sistema,
que pode melhorar "a segurança e a eficácia" dos tratamentos,
também pode apresentar riscos físicos e pôr em perigo o regime
confidencial da relação com os pacientes, alerta a associação.
Os chips são fabricados de forma a se manterem em um
determinado local, mas, devido ao seu tamanho demasiadamente
pequeno, poderiam se deslocar no interior do corpo humano.
Outra desvantagem possível é o fato de poderem provocar
interferências em aparelhos elétricos, como desfibriladores.
Ainda não se sabe qual seria o impacto dos chips sobre
medicamentos prescritos.
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