Engordurada, tela do iPhone tem bom desempenho

da Folha Online - Denyse Godoy
da Folha de S.Paulo, em Nova York

 

O iPhone, que a Apple finalmente levou às lojas norte-americanas na semana passada, combina iPod, câmera, internet e celular num único supertelefone. Tudo embalado num design modernoso, que tirou exclamações dos primeiros compradores do aparelho.

Com a mão na massa, percebe-se, é claro, que o aparelhinho está longe de ser milagroso como vende a pesada propaganda --o auê fez a revista "Newsweek" ironizar: "Será que vai curar o câncer também?"--, mas é verdade que funciona muito bem.

No começo, é um pouco chato e cansativo digitar mensagens ou anotações, já que o aparelho não tem um teclado convencional. As teclas aparecem na tela sensível ao toque, e há três configurações --é preciso mudar de tela, por exemplo, para colocar alguma pontuação.

Em pouco tempo pega-se o jeito --especialmente quem usa o BlackBerry ou os Palms. Então fica melhor e mais rápido do que as teclas dos celulares convencionais.

O vidro não risca facilmente, só que fica completamente sujo com as digitais do usuário. Isso não chega a atrapalhar, mas, olhando em volta, estão todos limpando o apetrecho na manga da camisa.

Cada uma das funções é representada por ícones coloridos. Na frente, só há um botão, que leva à tela inicial.

Aparece uma lista de galerias quando se escolhe ver as fotos. Passa-se de uma imagem a outra deslizando o dedo no vidro da direita para a esquerda.

Colocando o aparelho na posição horizontal, as fotos ajustam-se ao novo formato automaticamente. Para aumentá-las ou diminuí-las, basta posicionar os dedos nas bordas e executar movimentos de esticar ou comprimir.

As mensagens na secretária eletrônica também surgem como uma relação na tela, e, para ouvi-las, apenas um toque --ou seja, dá para escolher em qual ordem elas serão escutadas.

Os e-mails têm exatamente o mesmo formato no qual foram enviados, com fontes, cores e gráficos. É possível ainda abrir documentos do Microsoft Word, do Excel e PDFs.

O navegador da internet traz as páginas como elas aparecem em qualquer computador. É rápido quando se está usando uma rede Wi-Fi. No entanto, quando se depende somente da rede da operadora AT&T, que vai vender o iPhone com exclusividade pelos próximos dois anos, demora demais.

O telefone vem com mapas do Google, que não identificam o lugar onde está o usuário, pois o iPhone não tem GPS. Mas o programa fornece um passo-a-passo para o usuário chegar ao seu destino e traz informações sobre vias congestionadas.

Diante de tantos recursos, o telefone é o último a merecer atenção. Disca-se selecionando o contato e o botão verde de "chamar" na tela ou então digitando o número desejado.

 

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