GENEBRA - Os países mais pobres do mundo
precisam de tecnologia e conhecimento
para prosperar.
Os doadores devem dirigir sua ajuda
para a ciência e a pesquisa, apontou na
quinta-feira a Conferência da ONU sobre
Comércio e Desenvolvimento (Unctad, na
sigla em inglês).
O Relatório dos Países Menos
Desenvolvidos-2007 diz que os doadores
internacionais precisam reforçar as
contribuições para tecnologia e
treinamento a fim de ajudar países
economicamente fracos a reduzir sua
dependência em relação às
matérias-primas brutas e à manufatura de
baixo valor agregado.
A agência disse que técnicas
agrícolas para aumentar as safras e a
qualidade dos produtos são vitais em
países pobres da África, América Latina
e Ásia, onde um crescente número de
trabalhadores rurais migra para as
cidades.
Menos de 4 por cento dos empréstimos
do Banco Mundial foram dirigidos para
projetos de ciência e tecnologia nos
últimos 25 anos, segundo a Unctad.
"Há uma falta de equilíbrio entre a
governança e as questões sociais e
questões tecnológicas", disse o
secretário-geral da Unctad, Supachai
Panitchpakdi.
De acordo com ele, enquanto países
asiáticos, como Bangladesh, Laos, Nepal
e Camboja, começam a se concentrar em
projetos de desenvolvimento mais
tecnológicos, muitas nações africanas
estão ficando para trás.