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Vírus roubam dados e cobram US$ 300 para liberar
As empresas de segurança PandaLabs
e Kaspersky Lab notificaram a respeito de dois novos vírus do tipo "ransomware",
pragas que "seqüestram" dados e pedem resgate para liberá-los novamente para o
usuário. Tanto o Sinowal.FY quanto o Gpcode.ai são variantes de trojans mais
antigos, capazes de criptografar os arquivos de seus usuários para que estes não
tenham mais acesso a eles.
Após o bloqueio das
informações, um arquivo readme.txt é criado com instruções e a exigência do
pagamento de US$ 300, noticiou o site Ars Technica. No readme.txt, o usuário é
informado que uma forte criptografia de 4096 bits teria sido utilizada para
bloquear o acesso aos arquivos, entretanto a PandaLabs diz que isto é apenas
ameaça. O analista Aleks Gostev, da Kaspersky Lab, corrobora a informação,
acrescentando que o trojan Gpcode.ai possui validade entre os dias 10 de julho e
15 de julho, o que só poderia ser explicado pelos autores do vírus.
Ao pagar os US$ 300 de resgate,
o usuário receberia um aplicativo para quebrar a criptografia, porém não há
informações a respeito de pessoas que tenham contatado o email ou ainda se este
software-antídoto funciona da maneira que deveria. A recomendação dos
especialistas é nunca negociar com os hackers.
A PandaLabs descobriu que estes
vírus abrem portas no computador e funcionam como servidores para o trojan, o
que indicaria que sua disseminação ocorre por rede e não por envio de arquivos
anexos em mensagens de email. Ainda não há soluções para decifrar arquivos
criptografados por ransomware, embora a Kaspersky Lab já trabalhe em uma rotina
para este fim. A melhor resposta para esta categoria de malware seria possuir
uma boa ferramenta de prevenção, ou ainda apostar na restauração de backups para
recuperar os dados roubados.
Segundo o site Computing News,
este tipo de vírus não é novo. Uma família de trojans conhecida como PGPCoder já
existe há anos na internet, e tem suas técnicas de criptografia cada vez mais
aprimoradas, o que os torna mais difícil de quebrar. A praga Ransom.A, por
exemplo, ameaçava apagar um arquivo a cada 30 minutos, a menos que sua vítima
pagasse US$ 10,99 de fiança. Outra ameaça veio do Arhiveus.A, um exemplo nada
usual de ransomware, que em vez de pedir dinheiro, exigia que o usuário
comprasse em uma farmácia online.
Magnet
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