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Grupo seqüestra jovem para conseguir
senha de game
da Folha Online
de São Paulo
Uma quadrilha composta por quatro jovens foi presa na manhã
desta terça-feira por policiais civis do DAS (Divisão
Anti-Seqüestro) de São Paulo. Eles são suspeitos de seqüestrar
um jovem para conseguir sua senha no jogo
Gunbound.
Segundo a SSP (Secretaria de Segurança Pública), Anderson
Faquini, 19, Alexsander Kaiser Pereira, 27, Tamires Rodrigues
Vieira, 19, e Igor da Silva Carvalho, 27, atuaram em conjunto no
seqüestro relâmpago de um jovem de São Paulo em maio deste ano.
O jovem, segundo a SSP, é líder no ranking do Gunbound, game
que só pode ser jogado on-line, por meio de servidores repletos
de usuários de todo o mundo, inclusive brasileiros. Assim como
em um
RPG, quanto maior o número de vitórias conquistadas, mais
pontos de experiência são ganhos e, com eles, o dinheiro virtual
necessário para comprar armas e equipamentos para sua equipe.
A intenção da quadrilha, segundo a SSP, era a de obrigar o
jovem a fornecer sua senha para que eles vendessem a pontuação
--e o lugar no ranking-- por R$ 15 mil usando o site
Youtube.
Ainda segundo a Secretaria de Segurança Pública, mesmo tendo
uma arma apontada para sua cabeça durante cinco horas seguidas,
o jovem não forneceu sua senha. Com isso, a quadrilha o
libertou.
Estratégia
Para conseguir atrair o jovem, a quadrilha se valeu da
namorada de Igor, Tamires. Ela teria entrado em contato com o
jovem por meio do
Orkut e tentou comprar a sua pontuação no ranking. Como não
teve sucesso na investida, marcou um encontro com o jovem em um
shopping de Guarulhos (Grande São Paulo).
No dia marcado para o encontro, Tamires não apareceu. Em seu
lugar foi Igor. Ele estava armado, segundo a SSP, e rendeu o
jovem. Por meio de um telefone celular o restante da quadrilha
tentava acessar a conta do jovem, mas, como ele não informou a
senha correta, o grupo teria desistido e liberou a vítima.
A Polícia Civil conseguiu localizar e identificar a quadrilha
após o jovem fazer o reconhecimento dos envolvidos. A reportagem não conseguiu localizar os advogados dos
suspeitos. Acompanhe as notícias em seu celular: digite wap.folha.com.br
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