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Produtores de spam miram tocadores de MP3
O spam, a praga dos emails não
solicitados, não parecia uma ameaça tão séria no primeiro momento, já
que não atacava a informação do computador nem o inutilizava, como
ocorre com seus "irmãos" vírus e trojans. Mas com o tempo, se converteu
em um estorvo especialmente para as empresas que provêm acesso à
Internet, pois deixa seus servidores em colapso e a qualidade do serviço
cai exponencialmente. Pesadelo de muitos administradores de sistemas, o
spam se adapta a todos os formatos eletrônicos do mercado. Até os
reprodutores de MP3, que pareciam estar a salvo, agora são alvo.
Os criadores de vírus passaram à produção de spam simplesmente por
motivos econõmicos. É mais rentável produzir spam do que um vírus que
inutilize os computadores dos internautas. Agora o caminho a ser seguido
por estes ciberdeliquentes ´e encontrar novas formas de distribuição
para o spam. Os telefones celulares, faz tempo, já caíram sob a ameaça -
todo mundo recebe mensagens publicitárias em seus telefones. O próximo
passo é atacar o dispositivo tecnológico mais vendido depois dos
celulares: o tocador de MP3.
Integração perigosa
A GFI, uma das empresas de segurança que se encarrega de lutar contra o
spam mostrou recentemente um estudo sobre a presença de novos formatos
de spam em meios como o reprodutor de MP3. De fato, segundo a empresa, a
última tendência dos spammers é mandar mensagens com arquivos MP3
anexados. Estas mensagens integram um arquivo MP3 de 30 segundos,
gravado em um baixo nível de bits e com uma voz feminina sintetizada que
se dedica a promover determinado produtos. A voz chega aos usuários de
forma distorcida para evitar sua detecção por meio de sistemas anti-spam.
Os spammers estão se aproveitando do fato de o MP3 ter se convertido
em um dos formatos mais populares e comuns. Mesmo assim, grande parte
das soluções anti-spam do mercado náo costuma analisar o conteúdo das
mensagens adjuntas. Para poder combater a nova ameaça do spam nos
reprodutores de MP3, a maior responsabilidade cai sobre os
administradores de sistemas das empresas de tecnologia.
Estes devem utilizar todas as técnicas anti-spam possíveis, incluindo
sistemas de filtros bayesianos e mantendo, ao mesmo tempo, um nível
baixo de positivos falsos - isto é, de erros. Além disso, se recomenda o
bloqueio dos arquivos adjuntos ou, pelo menos, o estabelecimento de
restrições ao tamanho dos arquivos recebidos, para evitar, na medida do
possível, a recepção de materiais indesejados.
Por parte dos usuários, pouco se pode fazer previamente, mas é
imprescindível que se denuncie a recepção de spam e as empresas
anunciantes. É a única forma de acabar com um conceito mal entendido de
publicidade, prejudicial para a própria atividade publicitária e o bom
aproveitamento do 'boom' tecnológico da atualidade.
Terra Espanha
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