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Vale a pena migrar agora para a TV Digital?
A palavra entre os especialistas é
"cautela". Neste primeiro momento, apenas a Grande São Paulo - e
considerando os preços dos conversores, uma pequena parcela de
telespectadores - vai receber o sinal digital. E como em toda novidade,
disse o ministro das Comunicações, Hélio Costa, o preço pago pelos
pioneiros será alto.
Para o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), ainda há
muita confusão em torno do assunto. Em seu site, o instituto alerta os
consumidores para que não se afobem. Como o software Ginga, o
middleware brasileiro responsável pela prometida interatividade,
ainda não está disponível, é possível que o conversor comprado agora
tenha que ser substituído mais tarde, ou seja, corre-se o risco de pagar
duas vezes.
Outra questão ligada à interatividade é que ainda não há uma decisão
sobre qual será o canal de retorno dos dados, se haverá uma rede sem fio
ou se a rede de telefonia já existente será utilizada. Há necessidade
também de se desenvolverem aplicações que permitam uma boa experiência
para o usuário - ninguém imagina que se vá interromper o capítulo da
novela a que se está assistindo, por exemplo, para comprar uma bolsa
exibida por uns dos personagens ou mesmo para ter mais informações sobre
o produto. E isso também leva tempo, não será de imediato.
A TV Digital estréia, ainda, com uma quantidade limitada de
programas, uma vez que as emissoras têm que se adaptar à nova
tecnologia, investir em equipamentos, e aguardam para sentir a reação
dos telespectadores.
Especialistas aconselham, também, que o consumidor espere mais um
tempo, até que a cobertura atinja toda a cidade de São Paulo, que testes
sejam feitos e mais equipamentos cheguem ao mercado, ampliando as
possibilidades de escolha.
Redação Terra
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