NOVA YORK - A tecnologia vicia tanto
quanto álcool e drogas e também pode
destruir relacionamentos, diz estudo.
John O'Neill, diretor de tratamento
de vícios da Clínica Menninger em
Houston, Texas, refere-se a isso como
"sobrecarga de tecnologia" após ver
comportamento compulsivo em seus
pacientes quanto a telefones celulares
ou e-mails.
"Eu acho que eles dividem alguns dos
mesmos componentes que pessoas viciadas
em álcool ou drogas, quando começamos a
ver que alguém realmente não pode deixar
isso de lado e parar de usá-lo mesmo
quando há consequências", disse O'Neill
em uma entrevista por telefone.
"Nós podemos nos sobrecarregar pela
tecnologia e sofrer as consequências em
nossos relacionamentos", acrescentou.
As observações de O'Neill são
apoiadas por psicólogos que
classificaram o vício por tecnologia
como uma doença impulsiva que pode ser
tão danosa socialmente quanto o
alcoolismo, vício em jogo e drogas.
A organização Internet/Computer
Addiction Services localizada em Redmond,
Estado norte-americano de Washington,
que promove programas de tratamento e
terapia, estima que entre 6 e 10 por
cento dos cerca de 189 milhões de
usuários de Internet dos Estados Unidos
são dependentes de tecnologia.
O'Neill complementou que são sinais
de relação insalubre com a tecnologia o
uso de mensagem de texto, e-mail e
mensagem de voz quando o contato pessoal
seria mais apropriado, ou limitar o
tempo com amigos e família para
verificar e-mails, retornar ligações ou
navegar na Internet.
Mas o especialista disse também que
não há motivo para ficar preocupado
sobre o uso diário de mensagens de texto
e e-mails.